A Black Friday de 2023 cai na próxima sexta-feira (24), mas é possível ver promoções referentes à data em todo o mês de novembro.
A prática é conveniente ao consumidor, que tem um período estendido para aproveitar os descontos, e ao comércio, que tem mais tempo para divulgar as ofertas.
E este ano promete: no terceiro trimestre, as pesquisas em relação à Black Friday aumentaram 114% em comparação com o mesmo período de 2022, segundo pesquisa do Google, marcando o trimestre com o maior volume de pesquisas pré-Black Friday desde 2019.
Além de abraçar o sentimento do consumidor, o especialista em finanças da “Me Poupe!”, Jefferson Silveira, nota que a estratégia das empresas retroalimenta essa expectativa com a Black Friday.
“Isso pode aumentar a visibilidade da marca e atrair consumidores que desejam aproveitar as ofertas antecipadamente”, diz Silveira.
Outro ponto que o especialista destaca é que com a diluição da demanda, a experiência de compra pode se tornar mais satisfatória para os clientes, assim os fidelizando à marca.
“Distribuir as promoções ao longo de um período maior pode ajudar a evitar congestionamentos e problemas logísticos no dia específico da Black Friday”, conclui.
Para Silveira, o consumidor deve ficar atento às condições dessas promoções. “Como em quase tudo nessa vida, existem variáveis e na Black Friday não é diferente”, analisa o especialista da “Me Poupe!”.
“Avalie cada oferta individualmente, considerando a pesquisa de preços prévia e as suas necessidades reais”, diz. Entre as condições que ele reforça que devem ser observadas, estão:
“Às vezes o preço pode estar mais baixo na Black Friday somente porque algumas condições foram retiradas do produto ou serviço”, pontua Silveira.
Para o professor de empreendedorismo no Centro Universitário Unimetrocamp, Alberto Guerra, que é especialista em Black Friday, essas promoções valem a pena em muitos casos, principalmente nas que envolvem produtos concorridos e de oferta limitada.
“No entanto, geralmente, o consumidor mais experiente consegue discernir isso, embora ainda haja o risco de encontrar preços mais baixos na época. Pode ser uma opção vantajosa para consumidores que desejam evitar filas, o risco de esgotamento de estoque ou que necessitam utilizar o produto antes do final de novembro”, destaca Guerra.
A base de tudo é o consumidor se manter informado e pesquisar sobre os produtos que deseja comprar.
Não ceder à impulsividade nesse momento é algo importante para que além de não gastar mais do que o bolso permite, o consumidor não compre produtos que possuíam ofertas melhores em outros locais ou que nem tinham descontos tão significativos.
“Ferramentas online que mostram o histórico de preços podem ser muito úteis nesse processo”, indica o economista Wagner Moraes.
Moraes reforça que muitas propagandas nesse momento adotam estratégias que criam um “senso de urgência”.
Para ele, é importante o consumidor se abstrair delas e considerar, além dos preços, a qualidade dos produtos e a avaliação de outros consumidores.
A estratégia também ajuda o consumido a evitar potenciais fraudes e golpes.
O economista sugere que uma prática que pode ajudar o consumidor a se controlar nesse momento é definir previamente um orçamento para as compras de Black Friday.
O especialista em finanças Jefferson Silveira sugere que o consumidor siga um método para definir aquilo que ele precisa comprar e assim focar na hora das compras. Ao se interessar por um produto, Silveira faz as perguntas QUE-ME-PRE-PO-DE:
O especialista também aconselha que a pessoa se planeje financeiramente para poder seguir com essa lista. Silveira dá as seguintes dicas: